Um plano de marketing deve ter a função de guiar as ações e apontar uma direção para onde todas as pessoas envolvidas no marketing devem olhar e caminhar. Outro ponto importante é que o plano é resultado de um planejamento. Planejamento é o processo e o plano é o resultado. Não se pode confundir isso.
Existem inúmeras metodologias para criar planos de marketing. Philip Kotler, talvez um dos autores mais conhecidos de marketing oferece um plano de marketing bem completo com inúmeros tópicos. Não é ruim, mas também não é muito prático. Talvez seja muito bom para sala de aula, para os alunos entenderem todas as variáveis que influenciam o marketing. Mas, no cotidiano, nada melhor que algo simples, prático e que realmente funciona.
Conheça o plano de marketing em 9 etapas
Aqui vão as 9 etapas simples do incrível plano de marketing, inspiradas no livro 1PMP • One Page Marketing Plan do especialista Allan Dib:
1. Público: defina com quem você quer falar. Se você pensa em falar com “todo mundo”, já vai começar seu plano perdendo. Quem tenta falar com “todo mundo” não se conecta verdadeiramente com ninguém. Existe um fenômeno na psicologia, que é estudado pela área de comportamento do consumidor, que é atenção seletiva. As pessoas tendem a ver com mais atenção aquilo que elas estão procurando, ou que está pendente na vida delas em determinado momento. Por isso é importante saber exatamente com quem você vai falar, porque cada palavra, cada frase ou imagem utilizada deve se conectar com as dificuldades, sonhos, desejos e dores deste público.
2. Mensagem: se você já definiu com quem quer falar, sabe das dificuldades deste público, características comportamentais e demográficas. Elabore a mensagem que se conecte com as necessidades do seu público (ou as dores, sonhos, desejos, dependendo da abordagem). Seja muito criterioso em cada palavra, imagem, fotografia e vídeo que for utilizar para compor a mensagem;
3. Mídias: defina os canais que você utilizará para entregar a sua mensagem para o público que você definiu. Se é um público jovem, com menos de 30 anos, talvez você tenha que incluir o TikTok na sua estratégia. Se é um público com mais de 60 anos, o Facebook pode ser um ótimo canal. Se são jornalistas, o Twitter é bem interessante. Se são artistas, o Pinterest é excelente. Enfim, cada público tem seus canais de preferência. Dê bastante atenção a este ponto em seu plano;
4. Aquisição: como você coletará os dados dos interessados? Defina isso neste momento. É uma landing page com formulário? É um botão de WhatsApp? Defina qual (ou quais) será o canal utilizado para entrarem em contato com a equipe da sua marca.
5. Relacionamento: como você vai se relacionar com este novo lead? Que material você precisa deixar pronto para se relacionar com quem se inscreve na landing page? Este conteúdo deve servir para qualificar o lead e levá-lo para as próximas etapas do funil;
6. Venda: defina o momento ideal em que você fará uma oferta para realizar a primeira venda. Dificilmente uma venda acontece no primeiro contato, principalmente se você vende serviços no mercado B2B ou produtos e serviços de alto ticket. É preciso estabelecer antes da venda alguns pequenos compromissos, para que haja tempo para o entendimento que a sua marca oferece a melhor opção para o problema do lead;
7. Experiência: planeje como será a experiência do seu novo cliente. Todo detalhe importa, porque a experiência dos seus clientes é determinante para atração de novos clientes. Se o que você vende é um curso presencial, o que deve acontecer na primeira visita do aluno à escola? Como você pode transformar este primeiro contato em algo memorável, realmente especial? E depois, como as aulas podem ser melhores a cada dia? Tudo isso tem a ver com planejar a experiência do cliente;
8. LTV: defina como aumentar o LTV (lifetime value – valor ao longo do tempo, o volume de dinheiro que um único cliente deixa na empresa ao longo dos anos) de seus novos clientes. O que você pode oferecer de valor para eles, além do que já compraram? Pense cuidadosamente nisso, porque se não for pertinente você pode até impedir que o cliente continue na sua empresa;
9. Recomendação: defina como estimular indicações. Muitas empresas crescem dependendo apenas de indicações. Se você tem um programa de indicações e o estímulo adequado, você pode gerar muito mais negócios e ainda, ter um controle sobre isso. Talvez a parte mais perigosa de depender de indicações é que as empresas ficam com zero de previsibilidade. Se você tem um plano de estímulo às recomendações, pode ter um pouco mais de previsibilidade.
O que considero bem interessante neste plano é que, depois que você tiver todas essas definições elas cabem em uma folha sulfite (página A4). Você pode fazer 3 linhas e três colunas e ter uma visão geral do plano em apenas uma página. Isso é muito bom!
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Na sua empresa você utiliza estas etapas? Qual você considera a mais importante?